quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Behaviorismo: Teoria Comportamental

O que é o Behaviorismo?


É o termo utilizado para agrupar as diversas correntes de pensamento na Psicologia que tem como unidade conceitual o comportamento, mesmo que com diferentes concepções sobre o que é o comportamento.

Relaciona-se com o aprendizado de hábitos, convivência etc, e baseia-se no E>R, ou seja, para cada estímulo, há uma resposta.

Como e quando surgiu?


Antes do surgimento do Behaviorismo, os objetos de estudo da Psicologia eram o mentalismo, a consciência e a psyché. O principal método empregado para estudar o interior humano era a introspecção.

O Behaviorismo surgiu nos Estados Unidos da América, no início do século XX. Considera-se o marco de sua origem a publicação no periódico Psychological Record , em 1913, do artigo “Psychology as the behaviorist views it” de John Broadus Watson (1878-1958). Na época, a comunidade científica, sobretudo a norte-americana, demandava uma maior objetividade nos estudos do comportamento humano e vários pesquisadores tentaram elaborar uma forma de Psicologia que atendesse a essa demanda. Woodworth(em 1899), Pierón (em 1904) e Cattel (no Congresso de Artes e Ciências de Saint Louis em 1904) são alguns exemplos.

Em 1911, Max Meyer, considerado um dos precursores mais diretos do Behaviorismo, publicou “The fundamental laws of human behavior”. O funcionalismo de William James, que estava em ascensão, também contribuía no sentido da defesa da objetividade. Watson, através de seu manifesto, reuniu pensamentos antes dispersos e estabeleceu as bases de uma nova visão de Psicologia como ramo das ciências naturais.




Tipos de Behaviorismo


  Metodológico


Consiste na teoria explicativa do comportamento publicamente observável da Psicologia, a qual postula que esta deve ocupar-se do comportamento animal (humano e não humano) apenas quando for possível uma observação pública para obter uma mensuração, ao invés de ocupar-se dos estados mentais que possam gerar ou influenciar tais comportamentos.

Assim o behaviorismo metodológico acredita na existência da mente, mas a ignora em suas explicações sobre o comportamento. Para o behaviorismo metodológico os estados mentais não se classificam como objetos de estudo empírico. Seus postulados foram formulados predominantemente pelo psicólogo americano John Watson.

Em oposição ao Behaviorismo metodológico foi proposto o Behaviorismo radical, desenvolvido por Burrhus F. Skinner  


Behaviorismo Radical


O Behaviorismo Radical consiste numa filosofia da Psicologia, a qual se propõe a explicar o comportamento animal (humano e não humano) com base no modelo de seleção por consequências e nos princípios do comportamento postulados pela Análise Experimental do Comportamento (AEC).

O nome que mais fortemente está associado a esta linha do behaviorismo é o de Burrhus Frederic Skinner.


Filosófico


O behaviorismo filosófico consiste na teoria analítica que trata do sentido e da semântica das estruturas de pensamento e dos conceitos. Defende que a idéia de estado mental, ou disposição mental, é na verdade a idéia de disposição comportamental ou tendências comportamentais. Nesta concepção, são analisados os estados mentais intencionais e representativos.

 Esta linha de pensamento fundamenta-se basicamente nos postulados de Ryle e Wittgenstein.


Neobehaviorismo


Em 1940 surgiu o neo-behaviorismo, mais minucioso experimentalmente e baseado na teoria do comportamento adaptado de Pavlov.

Pavlov descreveu o processo do condicionamento clássico o qual consiste na substituição de estímulos: "Um estímulo, antes neutro, adquire o poder de eliciar a resposta que originalmente era eliciada por outro estímulo". Skinner chama o experimento pavloviano de condicionamento do tipo S e o seu de tipo R. No primeiro tipo as respostas são eliciadas (respondentes) e no segundo, emitidas (operantes).

O reforço no condicionamento operante é dado após a resposta exigida, quando aparece a resposta condicionada. A ação do organismo produz o agente que reforça. Portanto, o condicionamento do tipo S diz respeito a respostas do sistema nervoso autônomo e o do tipo R ao comportamento motor (músculos estriados).

 Tipos de Reforços


 a) Reforço Positivo: é aquele que apresentado a uma situação favorece o surgimento da resposta operante. Água e alimento, por exemplo.

 b) Reforço Negativo: é um estímulo que, removido, fortalece a probabilidade de uma resposta operante. Choque elétrico, calor ou frio intenso, barulho etc.

 c) De Intervalo: é o reforço intermitente apresentado em intervalos fixos de tempo (de 5 em 5 minutos, por exemplo).

 d) De Razão: o reforço é apresentado em intervalos de tempo padrão, após um número x de respostas.

No experimento do rato na caixa, um pedaço de queijo reforça a pressão da barra. Ele só aparece quando o rato pressionar a barra e se for suspenso, dar-se-á a extinção do operante. O rato também pode discriminar: só recebe alimento quando a barra é pressionada e uma lâmpada acende; quando pressiona no escuro, não. Por discriminação, só pressionará com a lâmpada acesa.




A teoria de Skinner teve pronta aceitação porque na prática o reforço é dado justamente pela ação do indivíduo. O pai só elogia o filho quando este dá a resposta esperada; o filho, fazendo o desejado pelo pai recebe o prêmio, a recompensa ou reforço positivo. E vai aprendendo a buscar o incentivo positivo com diferentes tipos de comportamento.

Uma série de operantes podem ser estabelecidos, com reforços primários e secundários (alimentos e palavras, por exemplo), formando encadeamentos. Através de sucessivas aproximações é possível obter-se uma seqüência desejada.


Para o behaviorismo, o organismo se parece com um responding (um ser respondente) às condições (estímulos), produto de processos ambientais e internos. O objeto da Psicologia tinha sido até então a alma, ou a consciência, a mente.



A personalidade para o behaviorista é um conjunto, um sistema de hábitos condicionados através de reforços positivos e negativos. A maior importância é dada aos fatores ambientais e a hereditariedade é relegada para segundo plano. Para o behaviorismo ou neo-behaviorismo o ser humano é produto do ambiente e essa afirmação é valida no sentido bem radical.

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